Mestrado em Mudanças Climáticas

Apresentação do Programa

A assinatura, em 1992, da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas representou o início de um conjunto de iniciativas tendentes a frear a despreocupação que, até então, existia sobre as emissões de determinados gases à atmosfera, principalmente dióxido de carbono e metano, causadores do aumento de temperatura terrestre.

Mais tarde, com a assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, e sua posterior entrada em vigor, deu-se o apoio definitivo à inclusão, com mais ou menos êxito, do fenômeno nas agendas governamentais dos países desenvolvidos, no investimento privado e, definitivamente, no dia a dia e na percepção da sociedade civil.

No entanto, à margem de interesses particulares, ainda existe um grande desconhecimento sobre os mecanismos das mudanças climáticas e suas repercussões sobre a biodiversidade, sistemas de produção e população em geral. Surge, então, a necessidade de dispor de pessoal qualificado para realizar ações e tomar decisões na luta contra o aquecimento global.

O Mestrado em Mudanças Climáticas apresentado aqui responde à necessidade de formar profissionais críticos em diferentes setores que saibam procurar alternativas e aproveitar as oportunidades de negócio derivadas deste fenômeno visando formular planos de adaptação e mitigação em projetos de P D i (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação).

Por esse motivo, considera-se fundamental preparar o estudante com uma base ambiental prévia que lhe permita entender os temas fundamentais das mudanças climáticas e, assim, conseguir, depois do estudo da segunda parte, uma visão integradora do problema em âmbitos ambiental, político-social e econômico.

A quem é dirigido

O Mestrado em Mudanças Climáticas é dirigido a titulados universitários de graduação superior que, por suas características pessoais ou por sua experiência, desejem uma formação de qualidade nesse âmbito, visando melhorar suas expectativas de trabalho e/ou ampliar conhecimentos

Titulação

A conclusão com sucesso do Programa permitirá que você obtenha a titulação do Mestrado em Mudanças Climáticas.

Após a conclusão com êxito do Programa, o aluno receberá o diploma emitido pela Universidade em que se matriculou.

Estrutura do Programa

A duração estimada para a realização do Mestrado em Mudanças Climáticas é de 920 horas (92 créditos).

Com relação à distribuição do tempo, fica estabelecido que:

  • Por ser um programa a distância e não estar sujeito à formação de classes presenciais, não se estabelece uma data específica de início, razão pela qual o aluno pode formalizar sua matrícula a qualquer momento, sempre que haja vagas disponíveis.
  • Por motivos acadêmicos e de aprendizagem se dispõe de uma duração mínima do Programa de um ano.
  • O tempo máximo do qual se dispõe para realizar o Programa é de dois anos. Nesse período de tempo, o aluno deve entregar todas as avaliações correspondentes, assim como a Dissertação de Mestrado.

A estrutura de créditos do programa de Mestrado em Mudanças Climáticas é apresentada na seguinte tabela:

  CRÉDITOS ECTSa DURAÇÃOb HORAS
1ª Parte: Marco Teórico e Conceitual 40 9 400
2ª Parte: Mudanças Climáticas 32 9 320
3ª Parte: Metodologia da Pesquisa Científica e Dissertação de Mestrado 20 6 200
TOTAL 92 24 920

a. A equivalência em créditos pode variar de acordo com a universidade que titula

b. Duração em meses

Objetivos

Objetivo geral

  • Formar profissionais multidisciplinares em mudanças climáticas capazes de elaborar projetos e estratégias para o desenvolvimento sustentável em comunidades vulneráveis.

Objetivos específicos

  • Compreender a perspectiva do desenvolvimento sustentável em suas dimensões natural, política, territorial e socioeconômica.
  • Conhecer os convênios e tratados existentes entre Estados que estabeleçam as políticas de gestão orientadas à sustentabilidade, destacando a preocupação por estes temas, principalmente as mudanças climáticas nas políticas internacionais.
  • Compreender a magnitude e a importância das transformações que, em âmbito global, afetam o funcionamento do planeta como consequência das atividades antrópicas resultantes do desenvolvimento.
  • Analisar, do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, o panorama atual e os processos de transformação na Europa, na América Latina e no Caribe.
  • Descrever os poluentes atmosféricos derivados do uso de combustíveis fósseis, principalmente, as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
  • Identificar o âmbito regulamentado em matéria atmosférica aplicável à empresa.
  • Conhecer as medidas preventivas de controle e de fim de linha dos processos industriais.
  • Entender as leis de dispersão dos poluentes na atmosfera.
  • Reconhecer a importância da minimização como ferramenta preventiva na gestão e na incorporação de tecnologias limpas e a adoção de boas práticas nas atividades industriais.
  • Descrever os princípios da política de reciclagem e o estudo do composto e biometanização, como caso particular de conversão da matéria orgânica fermentável.
  • Analisar como as mudanças climáticas incidem no balanço do ciclo da água.
  • Relacionar as causas que provocam a perda de biodiversidade e as formas de atuação ante as mudanças climáticas.
  • Conhecer as principais particularidades das espécies ameaçadas na atualidade, medidas a serem tomadas e relação de êxitos obtidos.
  • Compreender o significado da gestão e exploração sustentável da floresta e o seu papel como sumidouro de CO2.
  • Analisar as alternativas da melhor técnica a ser utilizada para a remediação do solo em cada caso, do ponto de vista de sua viabilidade técnica e econômica.
  • Descrever as técnicas de sequestro de carbono utilizadas no solo e outras de monitoramento e saneamento e/ou recuperação que se utilizam na atenuação de terrenos contaminados.
  • Implantar a ISO 14001 em qualquer tipo de empresa.
  • Elaborar um Estudo de Impacto Ambiental.
  • Relacionar o mercado dos direitos de emissão e as variáveis que condicionam os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL).
  • Calcular o indício de carbono em diferentes cenários.
  • Enfatizar o papel que pode e deve cumprir a educação ambiental nas etapas de reconstrução e de desenvolvimento após um desastre, visando garantir, mediante a incorporação da gestão do risco, a sustentabilidade dos processos a médio e longo prazos.
  • Propor as características que a educação ambiental deve ter para que, efetivamente, converta-se em ferramenta para reduzir a vulnerabilidade individual e coletiva diante das dinâmicas da natureza e da sociedade.

Saídas Profissionais

Algumas das saídas profissionais do programa de Mestrado em Mudanças Climáticas são as seguintes:

  • Diagnóstico, planejamento e elaboração de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
  • Desenhista de projetos e dimensionamento de instalações energeticamente eficientes, gestão e manutenção.
  • Serviços de consultoria.
  • Cursos técnicos em mudanças climáticas.
  • Gestão ambiental.
  • Docência.

Plano de estudos

O Programa de Mestrado em Mudanças Climáticas possui uma estrutura curricular baseada em quatro partes, das quais três são formativas, estando a última composta pela disciplina de Metodologia de Pesquisa Científica e a Dissertação de Mestrado.

  • 1ª PARTE: ÂMBITO TEÓRICO E CONCEITUAL (400 HORAS)

Trata-se de uma série de disciplinas de temática ambiental, relacionadas direta ou indiretamente com o fenômeno da mudança climática, cujo objetivo é proporcionar ao estudante os conhecimentos técnicos suficientes para dar continuidade com o Programa.

As disciplinas e as horas correspondentes que compõem a primeira parte são mostradas na seguinte tabela:

Essas disciplinas, apesar de se manterem independentes entre si, estão estruturadas conforme uma coerente ordem pedagógica que facilita sua compreensão. Cada disciplina é dividida em capítulos, cujo conteúdo inclui material impresso, que devem ser estudados para responder satisfatoriamente as atividades de avaliação.

  • 2ª PARTE: MUDANÇAS CLIMÁTICAS (320 HORAS)

Esta parte trata as implicações atuais e cenários regionais futuros em relação à natureza político-estratégica, ambiental e socioeconômica do fenômeno da mudança climática, com ênfase nas estratégias de adaptação e mitigação em diferentes setores.

As disciplinas e as horas correspondentes que compõem a segunda parte são mostradas na próxima tabela:

  • 3a METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E DISSERTAÇÃO DE MESTRADO (200 HORAS)

Finalmente, a terceira parte se dedica ao estudo da disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica como passo prévio à elaboração do Trabalho Final ou Dissertação de Mestrado.

A disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica (50 horas) apresenta as etapas do processo de pesquisa e suas técnicas, com o propósito de que o estudante tenha uma aproximação com o método científico e lhe facilite gerar contribuições dentro de seu campo de trabalho. Do mesmo modo, revisam-se algumas das principais ferramentas estatísticas que ajudam a corroborar hipótese, proporcionando um suporte matemático às observações realizadas

Por outro lado, para a obtenção do título do Mestrado em Mudança Climática, é necessária a apresentação e superação do Projeto Final ou Dissertação de Mestrado (150 horas). O objetivo é apresentar um documento completo que mostre o desenvolvimento total do projeto proposto e contemplando a possibilidade de sua execução. Deve ser uma contribuição a alguns dos campos estudados ou a sua relação, tão teórica como aplicada, e respeitando as doutrinas, teorias e disciplinas relacionadas.

3a METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
# DISCIPLINAS HORAS
1 Metodología Da Pesquisa Científica E Dissertação De Mestrado 200
TOTAL 200

Descrições dos Cursos

1ª PARTE: ÂMBITO TEÓRICO E CONCEITUAL

  1. INTRODUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

    Após um tema introdutório, no qual são proporcionadas e explicadas várias definições de conceitos ambientais e socioeconômicos básicos, envolvidos no conceito de desenvolvimento sustentável, aprofunda-se nos antecedentes e na problemática ambiental ocasionada pelos impactos ambientais antrópicos. Do mesmo modo, contemplam-se as políticas e estratégias de futuro da UE e da América Latina e o Caribe referente à questão ambiental.

    CONCEITOS BÁSICOS
    Definição de Ambiente. Meio ambiente físico ou natural. O meio social. Ambiente e desenvolvimento.
    O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
    O que é o desenvolvimento sustentável? Convênios, tratados e políticas de alcance internacional realizados em torno do desenvolvimento sustentável. Os desafios do desenvolvimento sustentável.
    PROBLEMÁTICA AMBIENTAL GLOBAL
    Introdução. Mudança climática e efeito estufa. O esgotamento da camada de ozônio. Perda da biodiversidade. Degradação do solo e desmatamento. Chuva ácida. A névoa fotoquímica. Produção e consumo.
    O AMBIENTE NA UNIÃO EUROPEIA
    Um pouco de história. Os programas comunitários. Revisão da política ambiental 2005.
    O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE
    Introdução. Degradação ambiental e desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe. As peculiaridades da região andina. A gestão ambiental no contexto internacional da América do norte.
  2. TRATAMENTO DE EFLUENTES GASOSOS

    São descritos aqueles poluentes que podem causar efeitos prejudiciais ao homem e seu ambiente, produto principalmente do emprego de combustíveis fósseis para geração de energia, aplicação em sistemas de calefação e em veículos a motor. Enunciam-se os conceitos de emissão e imissão dos poluentes e das medidas corretivas impostas a todas as indústrias, no intuito de não se deixar cair os níveis de qualidade admissíveis durante o tempo de funcionamento da instalação em condições normais.

    NATUREZA DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS
    Introdução. Emissões para a atmosfera. Imissão de poluentes atmosféricos. Combustão, combustíveis fósseis e poluição atmosférica. Formas de avaliação das concentrações de emissão e imissão. Emissão e legislação.
    DISPERSÃO DOS POLUENTES NA ATMOSFERA
    Introdução. Principais características das chaminés. Influência das emissões na dispersão de poluentes na atmosfera. Influência das condições meteorológicas na dispersão de poluentes na atmosfera. Mecanismos de dispersão de poluentes atmosféricos. Modelos de dispersão de poluentes atmosféricos. Bases físicas da dispersão de poluentes na atmosfera.
    CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
    Introdução. Sistemas de tratamento de afluentes atmosféricos contaminados. Um caso particular: as instalações de tratamento de resíduos. Centrais térmicas alimentadas a carvão. Outros casos práticos de correção de emissões gasosas em atividades industriais.
    AMOSTRAGEM DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
    Introdução. Amostragem de partículas. Amostragem de gases. Métodos de amostragem. Medidores de vazão de ar.
    ANÁLISE DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
    Introdução. Análise de partículas. Análise do dióxido de enxofre (SO2). Análise do monóxido de carbono (CO). Análise de óxidos de nitrogênio (NO e NO2). Análise do ozônio (O3). Análise de compostos orgânicos voláteis (COV’s).
    CASOS PRÁTICOS
    Exemplo matemático de modelização da pluma de fumaça de uma chaminé para o estudo da dispersão dos poluentes.
  3. GESTÃO DE RESÍDUOS

    A gestão integral dos resíduos sólidos é introduzida a partir da estratégia de minimização, reutilização, reciclagem e formas de valorização energética estabelecida pela União Européia, envolvendo os diferentes tipos de resíduos existentes: Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), Resíduos Industriais e Resíduos Rurais. Assim como são abordadas as principais diretrizes estabelecidas pela legislação no que se refere à classificação e caracterização dos diversos tipos de resíduos.

    GESTÃO INTEGRAL DOS RESÍDUOS
    Conceito de resíduo. Tipos de resíduos. Gestão dos resíduos. A reciclagem dos resíduos. Estratégias da União Europeia sobre a gestão de resíduos. Política futura na gestão dos resíduos.
    OS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)
    Introdução. Produção de resíduos sólidos urbanos. Características dos resíduos sólidos urbanos. Gestão dos resíduos sólidos urbanos. Tendências do futuro na gestão dos resíduos sólidos urbanos.
    TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
    Introdução. Processos de conversão energética da fração orgânica dos RSU. Sistemas de gestão de "todo um": incineração e depósito controlado. Gestão dos resíduos sólidos urbanos tóxicos e perigosos: resíduos hospitalares e resíduos elétricos e eletrônicos.
    RESÍDUOS INDUSTRIAIS
    Introdução. Gestão dos resíduos industriais. Caracterização dos resíduos industriais Classificação dos resíduos industriais. Alternativas para a gestão dos resíduos industriais Reciclagem dos resíduos industriais. As embalagens e os resíduos das embalagens. Tendências na gestão dos resíduos industriais.
    RESÍDUOS RURAIS
    Introdução. Resíduos agrícolas. Resíduos da pecuária: chorume e sua valorização material e energética.
    CASOS PRÁTICOS
  4. O CICLO DA ÁGUA

    Neste bloco, incide-se sobre o balanço natural de água no planeta, detalhando-se os diferentes tipos de águas continentais e marinhas implicadas nesse processo.

    ASPECTOS GERAIS
    Distribuição das águas no planeta e ciclo biológico. Formação da Terra e origem da água. O ciclo energético da Terra: o motor do ciclo hidrológico.
    A ÁGUA MARINHA
    Conceitos básicos. Composição da água do mar. Temperatura. Salinidade. Densidade. Circulação geral da água marinha
    A ÁGUA NA ATMOSFERA
    A circulação da atmosfera. A evaporação e a evapotranspiração. As precipitações.
    AS ÁGUAS CONTINENTAIS
    Escoamento e infiltração. As águas subterrâneas. Lagos. Rios. Glaciares e massas de gelo
  5. RECURSOS NATURAIS

    O desenvolvimento intelectual e a imensa capacidade de adaptação permitiram ao homem a possibilidade de habitar as mais contrastantes regiões do globo e de aumentar vertiginosamente sua população. Estas circunstâncias levaram os seres humanos a modificar o entorno natural de uma forma incrivelmente rápida e drástica. Nesta disciplina, aborda-se uma visão atual do estado e da importância das figuras de proteção dos recursos naturais, sejam ou não renováveis.

    A BIODIVERSIDADE COMO RECURSO
    Introdução. Importância da biodiversidade. A perda de biodiversidade. Populações de animais selvagens. Espécies ameaçadas. Problemática da introdução de espécies animais. Controle de animais problemáticos.
    A ÁGUA
    Distribuição da água na terra. Águas continentais. O uso racional da água.
    A CAÇA E A PESCA
    A caça: manejo de populações de espécies cinegéticas. Cotas de captura. A pesca: situação mundial da pesca. Gestão dos recursos pesqueiros.
    AS PASTAGENS
    Introdução. Ecologia das pastagens. Tipos e aproveitamento de pastagens.
    OS RECURSOS FLORESTAIS
    Introdução. Situação mundial das florestas. A importância das florestas e seu valor ecológico e econômico. A exploração florestal: a silvicultura. O papel das florestas e do uso da terra e sua transformação com a mudança climática. Reflorestamento. Os incêndios florestais.
    O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
    Introdução. O planejamento urbano como instrumento de ordenamento territorial. Ambiente urbano. Zonas Úmidas. Zonas costeiras. Espaços naturais protegidos.
    CASOS PRÁTICOS
  6. CONTAMINAÇÃO DE SOLOS

    O estudo das propriedades mais comuns do solo é realizado sob um ponto de vista eminentemente técnico, que inclui a descrição de seus principais constituintes e a clara diferenciação entre seus constituintes orgânicos e inorgânicos. Aborda-se desta forma a degradação e a contaminação edáfica, mostrando algumas das técnicas de recuperação de solos.

    O ESTUDO DO SOLO
    Definições de solo. A edafologia. Os horizontes do solo. Fatores formadores. Processos formadores. Classificação e cartografia dos solos. A distribuição edáfica mundial.
    CARACTERÍSTICAS GEOQUÍMICAS DOS SOLOS
    Introdução. Constituintes inorgânicos do solo. Constituintes orgânicos do solo
    PROPRIEDADES DO SOLO
    Propriedades físicas. Propriedades físico-químicas. Propriedades químicas. Propriedades biológicas. Outras propriedades do solo.
    DEGRADAÇÃO E CONTAMINAÇÃO DO SOLO
    Os processos erosivos. Desertificação e aridez. Salinização. A contaminação do solo. Técnicas de recuperação de solos. Prevenção e avaliação da contaminação de solos. Sequestro de CO2.
    CASOS PRÁTICOS
  7. GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA

    As diretrizes para implantação de um sistema de gestão ambiental em qualquer tipo de empresa são apresentadas por meio de uma forma bem visual, com uma grande profusão de gráficos, e elaboradas de acordo com a norma internacional ISO 14001 e a europeia EMAS, incluindo um caso prático de aplicação em uma empresa de fabricação de peças metálicas.

    EMPRESA E AMBIENTE
    Introdução. Medidas de proteção ambiental. Normatização.
    OS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA (SGA)
    Introdução. O que é um SGA? Para que servem e por que são implementados os SGAs? Quem pode implementar um SGA? Partes envolvidas na implantação de um SGA. Como são implementados os SGA? Qual SGA escolher? Balanço mundial de implantação da Norma ISO 14001.
    AS NORMAS ISO 14001
    A família de normas ISO 14000. Estrutura do documento ISO 14001. Definições. Objetivos e alcance da norma ISO 14001. Princípios básicos da norma ISO 14001. Ciclo de melhoria contínua. Implantação da norma ISO 14001. Revisão pela Direção. Certificação do SGA segundo a norma ISO 14001.
  8. AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

    Proporciona-se uma série de definições necessárias para relacionar e quantificar, de acordo com a legislação vigente, os diferentes impactos que uma atividade pode causar sobre o meio ambiente, as diferentes classificações dos impactos em função de vários critérios e conforme as escalas que os caracterizam, as metodologias mais utilizadas que permitirão a realização do estudo das possíveis alterações ambientais e, finalmente, as referências aos trâmites administrativos a serem seguidas para a declaração de impacto ambiental.:

    DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS
    Introdução. Definições. Elementos adjacentes. Elementos do processo. Elementos intrínsecos. Diferentes tipos de avaliações.
    TIPOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO DE IMPACTOS
    Classificação dos impactos ambientais: segundo seus efeitos no tempo, seu grau de efeito e a natureza da ação que produz o impacto.
    CONTEÚDO E METODOLOGIA GERAL DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA)
    Conteúdo do estudo de impacto ambiental.
    OUTROS MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
    Classificação das técnicas de avaliação de impactos. Sistemas de redes e gráficos. Sistemas cartográficos. Análises de sistemas. Métodos baseados em indicadores, índices e integração da avaliação. Método de Domingo Gómez Orea. Comparações com o método de Conesa Fdez.-Vítora. Caso prático: estudo de impacto ambiental de uma EDAR.
  9. ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO E PEGADA DE CARBONO

    Estuda-se a Análise do Ciclo de Vida e, particularmente, o Cálculo da Pegada de Carbono, como uma ferramenta comparativa dos benefícios ambientais de um produto, desde a matéria-prima até o seu aproveitamento como resíduo.

    Definição da ACV. Metodologia de uma ACV. Análise dos impactos: os ecopontos. Exemplo: Aplicação da ACV nas embalagens. Ações no projeto das embalagens e produtos que favoreçam uma minimização dos resíduos. Estratégias de implantação no setor empresarial das melhorias ambientais nas embalagens. O Ecosselo Europeu. Certificação. O padrão BS PS 2050:2008. Cálculo de Pegada de Carbono: associado às matérias-primas, aos fornecedores e relativo à produção.
  10. GESTÃO DO RISCO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

    Aborda como o desenvolvimento, em sua concepção predominante, converteu a nossa espécie em praga, e entender os desastres como expressões da incapacidade das comunidades humanas de interagir harmoniosamente com a dinâmica da natureza; e, simultaneamente, como expressão dos esforços do sistema imunológico ou sistema de auto-regulação da biosfera, para liberar-se da praga.

    UMA CONCEPÇÃO DOS DESASTRES COMO REAÇÃO DA BIOSFERA CONTRA A AÇÃO DA PRAGA.
    O QUE É UM RISCO? O QUE É UM DESASTRE?
    O risco. Vulnerabilidade. Risco = ameaça x vulnerabilidade.
    A GESTÃO DO RISCO COMO FERRAMENTA PARA A COEVOLUÇÃO ENTRE O SER HUMANO E A BIOSFERA
    A prevenção: dizer “não” à ameaça. A mitigação: dizer “não” à vulnerabilidade. A preparação: melhorar nossa capacidade de resposta diante do desastre.
    AS “ETAPAS” DE UM DESASTRE E O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM CADA UMA DELAS
    O questionamento ao conceito de “etapas”. Nas etapas de reconstrução e desenvolvimento sustentável: prevenção e mitigação.

2ª PARTE: MUDANÇAS CLIMÁTICAS

  1. ACORDOS, NEGOCIAÇÕES E INSTRUMENTOS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

    Esta disciplina contempla as iniciativas governamentais mundiais, assim como as negociações internacionais e o investimento financeiro realizado até hoje, para desenvolver ações que permitam a adaptação e a mitigação das mudanças climáticas em colaboração com o setor privado, além de fomentar as capacidades institucionais, conscientização social, educação e capacitação.

    Acordos, negociações e instrumentos sobre mudanças climáticas. Acordos globais existentes sobre as mudanças climáticas. Negociações internacionais sobre mudanças climáticas. Instrumentos de flexibilidade do Protocolo do Quioto. Instrumentos de mercado e a colaboração do setor privado. Aspectos financeiros da mudança climática.
  2. VULNERABILIDADE E ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

    A vulnerabilidade e a adaptação às mudanças têm um componente socioeconômico aparte do propriamente climático. Nesta disciplina se detalham as características dos planos de adaptação, das políticas e das fontes de financiamento, das tendências para otimizar esforços na luta contra fenômenos meteorológicos extremos como secas, incêndios florestais, ondas de calor e frio, entre outras.

    Vulnerabilidade territorial e humana. Os planos de adaptação nacionais, subnacionais e locais. As possíveis fontes de financiamento dos planos de adaptação. Os fenômenos meteorológicos extremos: inundações, secas, incêndios florestais, ciclones, temporais extremos e ondas extraordinárias de calor e frio. As políticas de adaptação leves e rigorosas e a possibilidade de estabelecer planos de seguros e resseguros de caráter nacional ou internacional. A imigração e as mudanças climáticas: as afetações sociais e econômicas e o efeito das mudanças climáticas na alimentação e na saúde humana em escala global.
  3. MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

    Esta disciplina contempla os planos, as políticas e as estratégias de ação realizadas pelos governos para reduzir as emissões de GEE gerados pelas atividades antrópicas. Especificamente, detalham-se as medidas adotadas em relação ao setor energético, no âmbito do transporte, da moradia, da agropecuária, entre outros.

    Os planos nacionais, subnacionais e locais de mitigação: metodologia e exemplos práticos. As medidas de mitigação apropriadas para cada país. NAMA. Políticas, estratégias e ações nos principais setores industriais. As políticas estratégicas e ações no setor da mobilidade. O setor residencial e a moradia. O setor agrícola e pecuário. O setor da gestão dos resíduos. O setor energético: situação atual, recursos, energias renováveis, políticas e estratégias.
  4. CIÊNCIA E POLÍTICA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

    Esta disciplina apresenta as diferentes políticas regionais e as estratégias futuras sobre as mudanças climáticas, centradas no fomento às capacidades para a adaptação a este fenômeno.

    Política europeia nas mudanças climáticas. Política dos EUA nas mudanças climáticas. Política latino-americana e outros importantes agentes nas mudanças climáticas. Pontos focais nacionais e oficinas de mudanças climáticas. O fator tecnológico e o capacity building.

3ª PARTE: METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA E PROJETO FINAL OU DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Por último, o estudo da Metodologia de Pesquisa Científica e a elaboração do Projeto Final ou Dissertação de Mestrado constituem uma aplicação prática das noções aprendidas pelo estudante nas etapas anteriores.

Metodologia de Pesquisa Científica
A disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica (5 créditos) apresenta as etapas do processo de pesquisa e suas técnicas, com o propósito de que o estudante tenha uma aproximação ao método científico, proporcionando contribuições ao seu campo de trabalho.
Projeto Final ou Dissertação de Mestrado
Ao final do curso, a última parte está destinada à realização do Projeto Final ou Dissertação de Mestrado (15 créditos). Trata-se de um trabalho de pesquisa sobre algum dos temas de interesse para o aluno, relacionados com o âmbito do aquecimento global. Sua natureza pode ser teórica e/ou prática de acordo com as diretrizes estabelecidas para a sua realização.

Observação: O conteúdo do programa acadêmico pode estar submetido a ligeiras modificações, em função das atualizações ou das melhorias efetuadas.

Direção

Direção Acadêmica

  • Dr. José Rodríguez Barboza. Doutor em Engenharia. Universidad Internacional Iberoamericana
  • Dr. Roberto M. Álvarez. Doutor em Engenharia de Projetos, pela Universidad Politécnica de Cataluña, Espanha, Mestre em Gerenciamento de projeto e de desenho, pela Politécnica de Milán, Itália. Professor da Universidad de Buenos Aires, Argentina. Diretor da Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER) Argentina.
  • Dra. Rosalba Guerrero Aslla. Doutora em Engenharia Metalúrgica. Professora da Universidad de Piura
  • Dra. Norma Patricia Muñoz Sevilla. Doutora em Oceanografia Biológica. Centro Interdisciplinario de Investigaciones y Estudios sobre Medio Ambiente y Desarrollo. Instituto Politécnico Nacional (CIIEMAD-IPN), México.
  • Dr. (c) Eduardo García Villena. Doutor (c) em Engenharia. Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr (c) Kilian Tutusaus Pifarré. Doutor (c) em Engenharia. Fundación Universitaria Iberoamericana.
  • Mtra. Elvira Carles Brescolí. Mestre em Engenharia da Água. Diretora da Fundación Empresa y Clima
  • Ing. Omar Gallardo. Engenheiro Civil de Minas. Professor da Universidad de Santiago de Chile.
  • M. en C. Blanca Estela Gutiérrez Barba. Mestre em Biologia. Centro Interdisciplinário de Pesquisa e Estudos sobre o Ambiente e Desenvolvimento. Instituto Politécnico Nacional (CIIEMAD-IPN), México.
  • Ing. Icela Márquez de Rojas. Engenheira Civil. Professora da Universidad Tecnológica de Panamá.
  • Ing. Gonzalo Sandoval Simba. Engenheiro e Mestre em Docência Universitária. Diretor Instituto de Pós-graduação. Facultad de Ingeniería, Ciencias Físicas y Matemáticas. Universidad Central de Ecuador.

Professores e Autores

  • Dr. (c) Eduardo García Villena. Doutor (c) em Engenharia. Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Ing. Icela Márquez de Rojas. Engenheira Civil. Professora da Universidad Tecnológica de Panamá.
  • Dr. Joséeacute; Ulises Rodríguez Barboza. Doutor em Engenharia de Estradas, Canais e Portos (UPC). Universidad Internacional Iberoamericana, EE.UU.
  • Dra. Mirian Fialho. Doutora em Engenharia de Produção. Professora de FUNIBER, Brasil.
  • MtraLina Pulgarín Osorio. Licenciada em Administração Ambiental. Universidad Tecnológica de Pereira. Profesora de FUNIBER, Colombia.

Bolsa de Trabalho

A Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER) destina periodicamente um valor econômico de caráter extraordinário para Bolsas de estudo em Formação FUNIBER.

Para solicitá-la, preencha o formulário de solicitação de informação que aparece no portal FUNIBER ou entre em contato diretamente com a sede da fundação em seu país para saber se é necessário proporcionar alguma informação adicional.

Uma vez que tenhamos recebido a documentação, o Comitê Avaliador examinará a idoneidade de sua candidatura para a concessão de um incentivo econômico na forma de Bolsa de estudo em Formação FUNIBER.