Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental

Apresentação do Programa

Os problemas ambientais vieram avançando em consonância com o desenvolvimento industrial, daí a sociedade ter que enfrentá-los antes que se alcance uma situação insustentável.

Nesse contexto, a Engenharia Ambiental, como ferramenta de prevenção a favor do desenvolvimento sustentável, constitui o ramo da engenharia encarregada de proteger o meio ambiente contra os aspectos potencialmente daninhos das atividades humanas, das populações, dos fatores ambientais adversos e, finalmente, visando melhorar a qualidade ambiental para a saúde e o bem-estar humanos.

Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental efetua uma abordagem sob o ponto de vista técnico aos diferentes problemas ambientais derivados das atividades industriais, e propõe a adoção de soluções e boas práticas, sempre tendo em conta os fatores econômicos e sociais.

A quem é dirigido

A metodologia de formação proposta, somada à clareza, à amplitude e à didática de concepção dos conteúdos, permite dirigir o Programa de Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental a titulados universitários que desejam receber uma formação em engenharia e tecnologia ambiental buscando ampliar suas perspectivas profissionais.

Titulação

A conclusão com sucesso do Programa permitirá que você obtenha a titulação do Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental.

Após a conclusão com êxito do Programa, o aluno receberá o diploma emitido pela Universidade em que se matriculou.

 

Estrutura do Programa

Com relação à distribuição do tempo estabelece-se que:

  • Por ser um Programa a distância e não estar sujeito a classes presenciais, não se estabelece uma data concreta de início, razão pela qual o aluno pode formalizar sua matrícula a qualquer momento, sempre que haja vagas disponíveis.
  • Por motivos acadêmicos e de aprendizagem dispõe-se de uma duração mínima de seis meses para o Programa, contabilizada a partir da data de entrega dos dois primeiros volumes até à data de recepção do Projeto Final ou Tese de Grau.
  • O tempo máximo do qual se dispõe para realizar o Programa é de dois anos. Neste período de tempo, o aluno deve ter entregue todas as avaliações correspondentes, assim como o Projeto Final ou Tese de Grau.

A estrutura de créditos do Programa de Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental é contemplada na seguinte tabela:

  CRÉDITOSa DURAÇÃOb HORASc
1a Parte : Disciplinas 70 20 700
2a Parte : Dissertação de Mestrado 10 4 100
TOTAL 80 24 800C

a. A equivalência em créditos pode variar de acordo com a universidade que titula. 
b. Duração em meses.

Objetivos

Objetivo geral

  • Formar profissionais na área ambiental capazes de fazer parte ou liderar equipes multidisciplinares de trabalho, com capacidade de adaptar-se às necessidades do mercado e às mudanças tecnológicas, além de abordar problemas de engenharia com discernimento profissional através do uso das novas tecnologias (TIC).

Objetivos específicos

  • Identificar a via de gestão mais adequada para um determinado tipo de resíduo sólido urbano (RSU) ou industrial (RI), segundo o modelo hierárquico de gestão integral de resíduos promovido pelas instituições internacionais.
  • Identificar a técnica de depuração mais adequada (física, química ou biológica) conforme as características do influente urbano ou industrial e propor alternativas baseadas na redução da contaminação e o emprego de boas práticas na origem.
  • Relacionar a emissão e a imissão de partículas e gases derivados da combustão com suas implicações na saúde, no ambiente e nas infraestruturas. Além disso, analisar os instrumentos legais (preventivos, de controle, etc.) que as instituições colocam à disposição dos estados para preservar a qualidade do ar e proteger a saúde humana e o ambiente em geral.
  • Comparar a incineração (com ou sem recuperação de energia) com outros tipos de tecnologias aplicadas à gestão de resíduos do ponto de vista social, económico e ambiental no marco da estratégia hierárquica de ação estabelecida pelas leis ambientais internacionais.
  • Identificar os mecanismos de acumulação, degradação e transporte que regulamentam a evolução de diferentes contaminantes e desenvolver um plano de investigação e amostragem de um solo potencialmente contaminado que sirva como ferramenta de prognósticos da evolução e dispersão da contaminação.
  • Implantar, organizar e manter um sistema de gestão ambiental baseado no padrão ISO 14001, de modo a possibilitar a introdução da variável ambiental nas atividades da empresa e realizar auditorias internas de acordo com a ISO 19011 a partir das planilhas e questionários gerais habitualmente empregados neste tipo de diagnóstico.

Saídas Profissionais

Algumas das perspectivas profissionais do Programa de Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental são as seguintes:

  • Consultor ambiental independente.
  • Assessor organizacional em meio ambiente.
  • Técnico ambiental em municípios.
  • Especialista em meio ambiente.
  • Assessor para a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental na Empresa.
  • Docência.

Plano de estudos

O Programa de Mestrado em Engenharia e Tecnologia Ambiental é composto por sete disciplinas e um Trabalho Final ou Tese de Grau.

  • 1ª PARTE: DISCIPLINAS (700 HORAS)

As disciplinas permitem conhecer e compreender, em primeiro lugar, os fundamentos teóricos, conceituais e históricos implicados na engenharia ambiental e, em segundo lugar, sua implementação organizacional, social e tecnológica.

O objetivo é fazer com que os alunos adquiram uma visão global da engenharia ambiental, através de diferentes temáticas multidisciplinares relacionadas.

As disciplinas e as horas correspondentes são mostradas na seguinte tabela:

Essas disciplinas, apesar de se manterem independentes entre si, estão estruturadas conforme uma coerente ordem pedagógica, facilitando uma compreensão que parte da menor para a maior complexidade.

  • 2ª PARTE: DISSERTAÇÃO DE MESTRADO (100 HORAS)

Para finalizar o Programa, efetua-se um Projeto Final ou Tese de Grau, cuja carga letiva é de 100 horas.

2a PARTE: DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
# DISCIPLINAS HORAS
1 Dissertação De Mestrado 100
TOTAL 200

Descrições dos Cursos

1ª PARTE: DISCIPLINAS

  1. FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA AMBIENTAL

    Nessa disciplina abordam-se os problemas ambientais que caracterizam a sociedade atual e o papel desempenhado pela engenharia ambiental como protetora do meio, devendo apoiar-se em aspectos normativos, sociológicos e econômicos para cumprir sua função. Faz-se uma introdução à poluição/contaminação a partir do ponto de vista químico, estudando-se as ferramentas de gestão ambiental como passo prévio à obtenção da sustentabilidade dos processos.

    CONCEITOS BÁSICOS DA ENGENHARIA AMBIENTAL
    Definição de Engenharia Ambiental. O desenvolvimento sustentado ou sustentável. Fatores e processos ligados à Engenharia Ambiental. A química dos poluentes.
    A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL COMO MOTOR DA TECNOLOGIA
    Introdução. O ordenamento internacional. A tutela do ambiente no âmbito da União Européia. A tutela do ambiente na América Latina e no Caribe. A tutela do ambiente nos Estados Unidos.
    IMPACTO AMBIENTAL ASSOCIADO AO EMPREGO DA TECNOLOGIA
    Introdução. Mudança climática e efeito estufa. Chuva ácida. Destruição da camada de ozônio. Maré negra. Efeitos sobre o ambiente associados à exploração da energia nuclear. Névoa fotoquímica. Degradação do solo.
    FERRAMENTAS DE GESTÃO AMBIENTAL
    Avaliação do Impacto Ambiental. Análise do Ciclo de Vida (ACV). Selo ecológico Europeu.
  2. ENGENHARIA DE VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS

    Depois de estudada uma primeira disciplina, na qual se estudam a coleta seletiva como método de homogeneização de resíduos, e diversos procedimentos de valorização (compostagem, metanização, pirólise, entre outros), aborda-se a gestão dos resíduos químicos e industriais sob uma perspectiva não excludente, ou seja, envolvendo a maior parte dos departamentos e a política geral da empresa. Posteriormente, realiza-se uma exposição dos conceitos teóricos básicos que permitirão compreender facilmente a série de exemplos de reciclagem de resíduos leves, a maioria deles se destinando à elaboração de materiais de construção. Finalmente, do ponto de vista técnico, descreve-se a tecnologia da vitrificação, que dá lugar a produtos mais estáveis e menos lixiviáveis.

    GESTÃO INTEGRAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
    Introdução. Conceitos de resíduo e subproduto. Tipos de resíduos sólidos. Gestão dos resíduos. Reciclagem de resíduos. Estratégias da União Européia para a gestão de resíduos. Política futura na gestão de resíduos.
    RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
    Introdução. Produção de resíduos sólidos urbanos. Composição dos resíduos sólidos urbanos. Sistemas de gestão integral dos resíduos sólidos urbanos. Coleta seletiva. Compostagem. Tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos. Deposição de resíduos sólidos urbanos em aterro controlado.
    ANEXO I: GESTÃO DE LIXIVIADOS EM ATERRO
    Introdução. Composição do lixiviado. Fatores ligados à geração de lixiviados. Condicionantes utilizados no tratamento de lixiviados. Operacionalidade dos métodos.
    ANEXO II: DESGASEIFICAÇÃO DE ATERROS
    Fases da geração de biogás. Composição do biogás. Projeto básico dos sistemas de extração de gases. Aplicações do gás captado.
    ANEXO III: EXPLORAÇÃO DE UM ATERRO
    Generalidades. Preparo da zona de despejo. Sistemas de exploração de aterros controlados. Disposição do resíduo. Controles a serem realizados durante a exploração. Programa de segurança e higiene. Orientações econômicas.
    RESÍDUOS INDUSTRIAIS
    Introdução. Gestão de resíduos industriais. Caracterização dos resíduos industriais. Classificação dos resíduos industriais. Reciclagem de resíduos industriais. Embalagens e seus resíduos.Tendências na gestão de resíduos industriais.
    ANEXO IV: DISPOSIÇÃO DO REJEITOS DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
    Introdução. Alternativas à gestão de resíduos industriais. A incineração de resíduos líquidos e pastosos. Tratamentos físico-químicos. Processos biológicos. Deposição de resíduosindustriais.
    FABRICAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO A PARTIR DE RESÍDUOS
    Introdução. Técnicas de solidificação de resíduos. Ceramização. Conteúdo energético dos materiais de construção. Resíduos destinados à fabricação de materiais leves. Resíduos destinados à fabricação de materiais densos. Considerações ambientais relacionadas aos materiais de construção.
    VITRIFICAÇÃO: UMA TECNOLOGIA PARA A VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS
    Introdução. A natureza vítrea. A vitrificação como tecnologia industrial. Aspectos energéticos da vitrificação. Limitações da vitrificação. Exemplos de resíduos empregados em processos de vitrificação. Outras técnicas de vitrificação.
    VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS QUÍMICOS
    Introdução. Quadro histórico. Ecologia industrial. Origem dos resíduos químicos. Métodos de valorização. Estudo de viabilidade da valorização. Conclusões.
    CASOS PRÁTICOS
  3. TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS INDUSTRIAIS

    Partindo-se de um enfoque fundamentalmente técnico, descreve-se a necessidade de incorporação da dimensão ambiental do recurso hídrico visando-se garantir a conservação, a qualidade e o uso racional da água. Após conhecer as características das águas residuárias, estudam-se alguns dos tratamentos aos quais são submetidas as águas nas estações de tratamento.

    Posteriormente, expõem-se alguns dos tratamentos aos quais se submete a água destinada ao consumo humano, mostrando-se detalhadamente as características das águas residuárias, dependendo das atividades industriais que as geram (têxtil, papeleira, alimentícia, recobrimento de superfícies, entre outras.) e os tratamentos mais adequados a cada caso.

    TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS INDUSTRIAIS
    Introdução. Convênios para a redução da poluição. Despejo de águas residuárias. Setores industriais. Operações unitárias iniciais. Processos de tratamento aplicados pelas indústrias. Esquemas típicos de tratamento. Tecnologias limpas. Melhores técnicas disponíveis. Custos do investimento em estações de tratamento de águas residuárias industriais.
    PROCESSOS FÍSICOS DE TRATAMENTO: FILTRAÇÃO
    Parâmetros de caracterização das águas residuárias. Generalidades sobre a filtração. Meio filtrante. Mecanismo da filtração. Modelos matemáticos. Condições de emprego e ponto ideal de funcionamento. Filtração mediante leito. Filtração mediante suporte. Filtração mediante membranas. Outros tipos de meios filtrantes.
    PROCESSOS QUÍMICOS DE TRATAMENTO: COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO
    Introdução. Fundamentos técnicos do processo de coagulação e floculação. Reagentes químicos empregados nos processos de coagulação. Reagentes químicos empregados nos processos de floculação. Seleção laboratorial do coagulante-floculante. Preparo e dosificação de reagentes. Otimização na dosificação de reagentes. Aplicações de coagulantes e floculantes.
    PROCESSOS BIOLÓGICOS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
    Tratamentos aeróbios e anaeróbios. Princípios do tratamento biológico. Tratamentos biológicos de tipo natural. Tratamentos de instalação. Outros sistemas de tratamento biológico. Eliminação de nutrientes. Tratamento de lodos residuários.
    TRATAMENTO POR OSMOSE INVERSA
    Introdução. Definições. O mecanismo de rejeição. Equações fundamentais. Fatores a influenciarem a eficácia das membranas. Tipos de módulos de osmose inversa. Entupimento das membranas. Manutenção, lavagem e conservação dos módulos. Instalações de osmose inversa. Considerações econômicas. Considerações energéticas. Considerações ambientais. Exemplos de aplicação.
    PROCESSOS DE INTERCAMBIO IÔNICO
    Intercâmbio iônico. Estrutura e tipos de resinas. Resistência da resina aos agentes externos. Morfologia do dispositivo. Aplicações das resinas no tratamento de efluentes. O setor de tratamento de superfícies. Esgotamento e regeneração da resina. Aspectos ambientais.
    REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS INDUSTRIAIS
    Introdução. Legislação aplicável à reutilização de águas residuárias. Agentes patogênicos e indicadores biológicos de qualidade das águas. Tratamentos avançados para regeneração e desinfecção de águas residuárias. Usos industriais da água reutilizada. Modelos de reutilização-regeneração da água no setor industrial. Outros usos para a água reutilizada.
    POTABILIZAÇÃO DA ÁGUA
    Introdução. Legislação aplicável. Tratamento de potabilização da água de superfície. Desinfecção da água. Tratamentos de potabilização de águas salobras e subterrâneas.
    BOAS PRÁTICAS NA INDÚSTRIA
    Indústria agroalimentar. Curtumes. Indústria têxtil. Indústria papeleira. Atividade de tratamento de superfícies. Indústria química.
    CASOS PRÁTICOS
    Indústria agroalimentar. Curtumes. Indústria têxtil. Indústria papeleira. Indústria de tratamento de superfícies. Indústria química.
    ANEXO I: DIMENSIONAMENTO DE UMA INSTALAÇÃO DE TRATAMENTO DE LODOS ATIVADOS
    Introdução. Elementos implicados. Fundamentos do dimensionamento. Cálculo das bases do dimensionamento a partir dos valores característicos existentes. Contaminação de águas residuárias. Dimensionamento do tanque de ativação. Dimensionamento do decantador secundário.
    ANEXO II: MODELIZAÇÃO DE PROCESSOS BIOLÓGICOS NO TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
    Introdução. Definições. Tipos de modelos e critérios de escolha. Passos para a correta elaboração de um modelo. Modelos do processo de tratamento biológico. Modelo de decantação ou sedimentação. Considerações finais. Exemplo de simulação.
  4. TRATAMENTO DE EFLUENTES GASOSOS

    São descritos aqueles contaminantes que podem causar efeitos prejudiciais ao homem e seu ambiente, produto principalmente do emprego de combustíveis fósseis para geração de energia, aplicação em sistemas de calefação e em veículos a motor. Enunciam-se os conceitos de emissão e imissão dos contaminantes e das medidas corretivas impostas a todas as indústrias, no intuito de não se deixar cair os níveis de qualidade admissíveis durante o tempo de funcionamento da instalação em condições normais.

    NATUREZA DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS
    Introdução. Emissões para a atmosfera. Imissão de poluentes atmosféricos. Combustão, combustíveis fósseis e poluição atmosférica. Formas de avaliação das concentrações de emissão e imissão. Emissão e legislação.
    DISPERSÃO DOS POLUENTES NA ATMOSFERA
    Introdução. Principais características das chaminés. Influência das emissões na dispersão de poluentes na atmosfera. Influência das condições meteorológicas na dispersão de poluentes na atmosfera. Mecanismos de dispersão de poluentes atmosféricos. Modelos de dispersão de poluentes atmosféricos. Bases físicas da dispersão de poluentes na atmosfera
    CONTROLE DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
    Introdução. Sistemas de tratamento de afluentes atmosféricos contaminados. Um caso particular: as instalações de tratamento de resíduos. Centrais térmicas alimentadas a carvão. Outros casos práticos de correção de emissões gasosas em atividades industriais.
    AMOSTRAGEM DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
    Introdução. Amostragem de partículas. Amostragem de gases. Métodos de amostragem. Medidores de vazão de ar.
    ANÁLISE DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS
    Introdução. Análise de partículas. Análise do dióxido de enxofre (SO2). Análise do monóxido de carbono (CO). Análise de óxidos de nitrogênio (NO e NO2). Análise do ozônio (O3). Análise de compostos orgânicos voláteis (COVs).
    CASOS PRÁTICOS
  5. VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS

    No contexto de uma solução integral de valorização de resíduos, a recuperação de energia desempenha um papel muito importante. Nessa disciplina, expõem-se, detalhadamente, os principais processos de valorização energética para a obtenção energia elétrica dos resíduos que, em outras condições, seriam depositados em aterro. Faz-se uma abordagem exaustiva e facilmente compreensível com muitos diagramas-exemplos de sistema de co-geração como processo utilizado e aceito para a produção combinada de potência e calor.

    COMPOSIÇÃO E CAPACIDADE ENERGÉTICA DOS COMBUSTÍVEIS
    Natureza do combustível. Combustíveis sólidos. Combustíveis líquidos. Combustíveis alternativos. Transformações do combustível. Poder calorífico dos combustíveis.
    COMBUSTÃO E DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS
    Definição de combustão. A combustão como processo químico. O ar na combustão. O diagrama de combustão. Eficácia da combustão. Destruição térmica de resíduos.
    VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DOS RSU: INCINERAÇÃO
    Introdução. Tipos de instalações de incineração de RSU. Legislação européia aplicável à incineração de RSU. A incineração no sistema integrado de gestão de resíduos. Funcionamento de uma estação de incineração de RSU. Recuperação de energia. Impacto ambiental e risco sanitário das estações de incineração. Viabilidade econômica de uma estação de incineração de RSU. Conclusões.
    OUTROS PROCESSOS DE CONVERSÃO ENERGÉTICA DA FRAÇÃO ORGÂNICA DOS RESÍDUOS
    Introdução. Combustão/Incineração. Pirólise. Gaseificação. Metanização ou fermentação anaeróbia. Valorização energética de lodos residuários de ETEs. Desgaseificação de depósitos controlados.
    CO-GERAÇÃO
    Aspectos gerais da co-geração. Turbinas a vapor. Turbinas a gás. Ciclo combinado. Co-geração com motor alternativo de combustão interna.
    CASOS PRÁTICOS
    ANEXO I: SISTEMAS DE TRATAMENTO DE AFLUENTES ATMOSFÉRICOS CONTAMINADOS
    ANEXO II: ÂMBITO ENERGÉTICO MUNDIAL, ATUAL E FUTURO
  6. RECUPERAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS

    Abordam-se os contaminantes habitualmente presentes no solo e os processos e interações que ocorrem em seu interior. Estudam-se com profundidade as ferramentas necessárias à caracterização da contaminação edáfica, assim como as tecnologias de recuperação empregadas na descontaminação de solos e as de acompanhamento e posterior controle.

    INTRODUÇÃO
    Conceitos e definições gerais: solo, precipitação e infiltração, evaporação e evapotranspiração, etc. Fontes de contaminação e tipos de contaminantes mais comuns. Metais pesados. Pesticidas e herbicidas. Compostos orgânicos voláteis (COVs). Bifenilas policloradas (BPCs). Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (PAH). Nutrientes. Contaminantes radiativos e contaminantes inorgânicos. Emissões ácidas à atmosfera. Utilização de água de irrigação salina. Contaminação por atividades minerárias.
    FASE DE PESQUISA NO LOCAL POTENCIALMENTE CONTAMINADO
    Descrição das atividades históricas e atuais (naturais e antrópicas). Fontes de contaminação. Plano de amostragem e pesquisa do solo contaminado. Previsão da evolução e da dispersão da contaminação: modelização. Análise de riscos.
    FASE DE PROJEÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE TÉCNICAS DE SANEAMENTO E/OU DE RECUPERAÇÃO
    Introdução. Principais técnicas utilizadas na descontaminação de solos: tratamentos biológicos, processos físicos, processos térmicos, processos químicos, solidificação/estabilização, técnicas inovadoras de tratamento. Restauração do solo em atividades minerárias.
    FASE FINAL DE CONTROLE E ACOMPANHAMENTO
    Aspectos gerais no ordenamento territorial com relação a solos contaminados: a partir do ponto de vista regional e do ponto de vista local.
  7. GESTÃO E AUDITORIAS NA EMPRESA, ISO 14001

    Descreve-se o Sistema de Gestão Ambiental (SGAs) como ferramenta com que se visa organizar e formalizar os procedimentos aplicados pela empresa ao considerar os aspectos ambientais em todas as suas atividades. São didática e claramente apresentados os passos necessários à implementação desse instrumento de gestão ambiental, orientado à proteção do ambiente e à redução das barreiras ao comércio internacional.

    EMPRESA E MEIO AMBIENTE
    Introdução. Medidas de proteção ambiental. Normalização.
    OS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA (SGA)
    Introdução. O que é SGA. Para que serve e porquê se implanta o SGA. Quem pode implantar um SGA. Partes envolvidos na implantação de um SGA. Como se implantam os SGA. Escolha do SGA. Balanço mundial da implantação da norma ISO 14001.
    A NORMA ISO 14001
    A família de normas ISO 14000. Estrutura do documento ISO 14001. Definições. Objetivos e alcance da norma ISO 14001. Princípios básicos da norma ISO 14001. Ciclo de melhoria contínua. Implantação da norma ISO 14001. Revisão pela Direção. Certificação do SGA segundo a norma ISO 14001.
    DOCUMENTAÇÃO DO SGA ISO 14001
    Nível I: Manual de gestão ambiental. Nível II: Procedimentos. Nível III: Instruções. Nível IV: Registros. Controle da documentação.
    AUDITORIAS AMBIENTAIS
    ntrodução. O que é uma auditoria ambiental. Por que se faz uma auditoria ambiental. Objetivos da AA. Alcance da AA. Tipos de AA. Quem faz a AA. Como se faz uma AA. Fase de preparação da auditoria. Fase de execução. Fase de informação ou de relatório. Relações entre a AA e o estudo de impacto ambiental. A auditoria em conformidade com a ISO 14001
    MANUAL DE AUDITORIA
    Dados gerais da Auditoria. Dados gerais da instalação. Documentos exigidos pela Administração. Utilities. Consumos e qualidades da água. Contaminação atmosférica. Águas residuais. Resíduos.
    CASOS PRÁTICOS

2ª PARTE: DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

A segunda parte do Mestrado em Gestão e Auditorias Ambientais em Engenharia e Tecnologia Ambiental consiste na elaboração da Dissertação de Mestrado com uma duração estimada de 100 horas (10 créditos)1. A Dissertação de Mestrado deverá ser um reflexo da assimilação dos conceitos ministrados, demonstrando a maturidade e capacidade resolutiva do aluno diante de uma problemática específica.

A temática escolhida para a realização da Dissertação de Mestrado ficará à critério do aluno. Uma vez escolhido o tema, deverá enviar ao Centro Acadêmico o Projeto da Dissertação de Mestrado para que receba a aprovação e encaminhamentos da Equipe Docente.

A execução da Dissertação de Mestrado poderá iniciar paralelamente ao estudo das disciplinas do Programa, segundo a conveniência e a disponibilidade do aluno. No entanto, aconselha-se dedicar o último trimestre do Mestrado para a sua confecção e a redação definitiva.

O trabalho será orientado por um professor-orientador, cuja atribuição será em função da temática escolhida.

A temática a ser escolhida para a realização do PFM fica a critério do aluno.


Observação: O conteúdo do programa acadêmico pode estar submetido a ligeiras modificações, em função das atualizações ou das melhorias efetuadas.

Direção

Direção Acadêmica

  • Dr. Antonio Maya Frades. Doutor em Geografia. Professor da Universidad de León, Espanha.
  • Dra. Leonor Calvo Galván. Doutora em Ciências Biológicas. Professora da Universidad de León, Espanha.
  • Dr. Xavier Elías Castells. Doutor em Engenharia Industrial. Diretor da Bolsa de Subproductos da Cataluña, Espanha.
  • Ing. Omar Gallardo. Engenheiro Civil de Minas. Professor da Universidad de Santiago de Chile, Chile.
  • Dra. Rosalba Guerrero Aslla. Doutora em Engenharia Metalúrgica. Professora da Universidad de Piura, Peru.
  • Dr. Roberto M. Álvarez. Doutor em Engenharia de Projetos, pela Universidad Politécnica de Cataluña, Espanha, Mestre em Gerenciamento de projeto e de desenho, pela Politécnica de Milán, Itália. Professor da Universidad de Buenos Aires, Argentina. Diretor da Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER) Argentina.
  • Dr. Oscar Arizpe Covarrubias. Chefe do Laboratorio Ecologia de Sistemas Costeiros. Professor-Pesquisador Titular C de Dedicação Exclusiva, Chefe do Laboratorio Universidad Autónoma de Baja California Sur.
  • Ing. Icela Márques de Rojas. Engenheira Civil. Professora da Universidad Tecnológica de Panamá, R. P. Panamá.
  • Mtra. Emilia Gámez Frías. Professora da Universidad de Guadalajara, México.

Professores e Autores

  • Dr. Ángel M. Álvarez Larena. Doutor em Geologia. Professor da Universidad Autónoma de Barcelona.
  • Dr. Roberto M. Álvarez. Professor da Universidad de Buenos Aires.
  • Dr. Isaac Azuz Adeath. Prof. da Universidad Autónoma de Baja California Sur, México.
  • Dra. Brenda Bravo Díaz. Professora da Universidad Autónoma Metropolitana, México.
  • Dr. Rubén Calderón Iglesias. Professor da Universidad Europea Miguel de Cervantes.
  • Dra. Leonor Calvo Galván. Professor da Universidad de León, Espanha.
  • Dra. Olga Capó Iturrieta. Doutora em Engenharia Industrial. Professora do Instituto de Investigações Agropecuárias, Chile
  • Dra. Alina Celi Frugoni. Proessora da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr. José Cortizo Álvarez. Professor da Universidad de León, Espanha.
  • Dr. Kilian Tutusaus Pifarré. Professor do Departamento Ambiental da FUNIBER.
  • Dra. Maria Teresa Gómez Mora. Professora da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr. Juan Carlos Cubría García. Professor da Universidad de León, Espanha.
  • Dr. Benjamín Otto Ortega Morales. Professora da Universidad Autónoma de Campeche, México.
  • Dra. María Luisa Sámano. Professora da Universidad Europea del Atlántico, Espanha.
  • Dra. Raquel Domínguez Fernández. Professora da Universidad de León,
  • Dr. Luís A. Dzul López. Professor da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr. Xavier Elías Castells. Diretor da Bolsa de Subprodutos da Catalunha
  • Dr. Ramón Guardino Ferré. Doutor em Engenharia de Projetos. Professor da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr. Emilio Hernández Chiva. Doutor em Engenharia Industrial. Centro Superior de Investigações Científicas, CSIC.
  • Dra. Cristina Hidalgo González. Professora da Universidad de León, Espanha.
  • Dr. Víctor Jiménez Arguelles. Professor da Universidad Autónoma Metropolitana. México.
  • Dr. Miguel Ángel López Flores. Professor do Instituto Politécnico Nacional (CIIEMAD-IPN).
  • Dra. Izel Márez López. Professora da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr. Carlos A. Martín. Professor da Universidad Nacional del Litoral, Argentina.
  • Dra. Isabel Joaquina Niembro García. Doutora em Engenharia de Projetos. Professora do Tecnológico de Monterrey.
  • Dr. César Ordóñez Pascua. Professor da Universidad de León, Espanha.
  • Dr. José María Redondo Vega. Professor da Universidad de León, Espanha.
  • Dra. Gladys Rincón Polo. Professora da Universidad Simón Bolívar, Venezuela.
  • Dr. Raúl Sardinha. Professor do Instituto Piaget, Portugal.
  • Dr. Héctor Solano Lamphar. Professor da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dra. Martha Velasco Becerra. Professora da Universidad Internacional Iberoamericana.
  • Dr. Alberto Vera. Professor da Universidad Nacional de Lanús, Argentina.
  • Dra. Margarita González Benítez. Professora da Universidad Politécnica de Cataluña, Espanha.
  • Dr. Lázaro Cremades Oliver. Professor da Universidad Politécnica de Cataluña, Espanha.
  • Dr. (c) Pablo Eisendecher Bertín. Professor do Departamento Ambiental da FUNIBER.
  • Dr. (c) Erik Simoes. Professor da Universidade Internacional Iberoamericana.
  • Ms. Omar Gallardo Gallardo. Professor da Universidad de Santiago de Chile
  • Ms. Icela Márquez Rojas. Professor da Universidad Tecnológica de Panamá.

Bolsa de Trabalho

A Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER) destina periodicamente um valor econômico de caráter extraordinário para Bolsas de estudo em Formação FUNIBER.

Para solicitá-la, preencha o formulário de solicitação de informação que aparece no portal FUNIBER ou entre em contato diretamente com a sede da fundação em seu país para saber se é necessário proporcionar alguma informação adicional.

Uma vez que tenhamos recebido a documentação, o Comitê Avaliador examinará a idoneidade de sua candidatura para a concessão de um incentivo econômico na forma de Bolsa de estudo em Formação FUNIBER.